Festivais & Eventos
CASA MÁGICA – Festival Internacional de Marionetas (Valongo do Vouga)
EI! MARIONETAS – Encontro Internacional de Marionetas (Gondomar)
ENCONTRO INTERNACIONAL DE MARIONETAS DE MONTEMOR-O-NOVO (Montemor-o-Novo)
É SÓ PALHETA - Encontro de teatro tradicional Dom Roberto (Agualva/Sintra)
FEIRA DE TEATRO DE BONECOS, MARIONETAS E FORMAS ANIMADAS (Freixo de espada à Cinta)
MANOBRAS – Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas (ArtemRede Teatros Associados)
FIMP - Festival Internacional de Marionetas do Porto (Porto)
FIMFA – Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas (Lisboa)
MIMMOS - Mostra Internacional de Marionetas Máscaras e Objectos de Sintra (Sintra)
PALHETA - festival de Robertos e Marionetas (Gafanha da Nazaré/Ílhavo)
PERIFERIAS – Festival Internacional de artes performativas (Sintra)
Companhias & Projectos
A Barraca do Gregório (Faro)
A Bolha (Torres Vedras)
A Tarumba – Teatro de Marionetas (Lisboa)
Algazarra – Teatro de Marionetas (Lisboa)
Ahau Marionetas -
Alma d´Arame (Montemor-o-Novo)
Ângela Ribeiro – Marionetista (Almada)
Boca de Cão – Teatro de Rua e Formas Animadas (Vila Nova de Gaia)
Bonecos de Santo Aleixo (Évora)
Cafinvenções (Lisboa)
Companhia Marimbondo (Lousã)
Companhia na Rua (Lisboa)
Criadores de Imagens (Amadora)
Delphim Miranda – Marionetas (Lisboa)
Era Uma Vez – Teatro de Marionetas (Évora)
Fadas & Elfos – Associação Cultural (Lisboa)
Folia Marionetas (Lisboa)
Fio de Azeite – marionetas do Chão de Oliva (Sintra)
Francisco Mota (Porto)
Historioscopio (Maia)
Jorge Cerqueira – construtor de marionetas (Sintra)
La Fontana – Formas Animadas (Vila do Conde)
Limite Zero (Porto)
Lua Cheia -teatro para todos (Lisboa)
Manipulartes – Companhia Teatro e Marionetas (Leiria)
MãoZorra – Teatro de Marionetas (Oeiras)
Marionetas da Feira (Santa Maria da Feira)
Maurioneta (Reguengos de Monsaraz)
No Mundo da Lua (São Pedro do Estoril)
Partículas Elementares (Ovar)
Quinta Parede (Porto)
Red Cloud Marionetas (Aveiro)
S.A.Marionetas – Teatro & Bonecos (Alcobaça)
Teatro da Marca Branca (Porto)
Teatro de Ferro (Porto)
Teatro de Marionetas do Porto (Porto)
Teatro de Marionetas de Mandrágora (Espinho)
Teatro em Caixa (Santa Maria da Feira)
Teatro Figura – José Ramalho (Almada)
Trulé – Investigação em Formas Animadas (Évora)
Valdevinos – Teatro de Marionetas (Agualva – Cacém)
Vitor Manuel Costa – Marionetas (Barreiro)
União da Marioneta Portuguesa
Centro Português da União Internacional da Marioneta
Mensagem do Dia Mundial da Marioneta
Por Inés Pasic
Saudações em nome da UNIMA, em todo o mundo e a todos os marionetistas pelo Dia Mundial da Marioneta.
Para os meus queridos colegas, caminhantes do sonho partilhado, intérpretes da atualidade intemporal...
Somos pessoas que exercem uma das profissões mais humildes.
O paradoxo é que, apesar disso, conversamos, debatemos e nos enfurecemos com o mundo divino com a intimidade e a franqueza de um velho casal.
Cada vez que uma cabeça de madeira ganha vida nas nossas mãos ou que as cordas de uma marioneta reafirmam a ligação entre todos os seres vivos, redescobrimo-nos como protagonistas da história representada.
Sempre que um objeto animado revela as memórias que nos habitam ou que os mistérios arcanos se tornam presentes num jogo de luz e sombra, o nosso tempo histórico desposa o intemporal. Quando as personagens que vivem à superfície da nossa pele se apoderam de partes do nosso corpo, descobrimos que um homem contém em si a humanidade inteira.
Para além de todas as formas possíveis da nossa arte, quando nos entregamos ao jogo com marionetas, estamos a oficializar um ritual antigo.
Tornamos palpável e visível o que não é e, ao mesmo tempo, fazemos com que o marionetista e o público experimentem a sua própria transcendência.
Estamos a viver tempos maravilhosos e ao mesmo tempo assustadores, mas não foi sempre assim?
Tal como a humanidade, estaremos a caminhar no limiar da própria extinção ou talvez nunca estivéssemos tão perto de fazer nosso o fogo de Prometeu?
Que irreverência! Será um sinal da nossa estupidez ou um salto quântico da nossa consciência?
Será que vamos atingir a massa crítica que vai provocar a mudança necessária, ou seremos diminuídos pela inércia, pela desinformação ou pelo medo?!
Quantas respostas e propostas podemos dar e quantas podemos concretizar?
Poderão as marionetas salvar o mundo das alterações climáticas, das guerras ou da escravatura?
Não sei!
O mundo é o que é e não há garantias para nada nem para ninguém. Como disse um poeta maravilhoso, o caminho faz-se caminhando.
O que eu sei, por experiência e prática desta maravilhosa arte, é que as marionetas são a luz na escuridão, o sol por detrás das nuvens da tragicomédia humana, o abrigo das tempestades dos corações feridos.
São um convite a viver com entusiasmo e a lutar por uma versão melhor de si próprio.
Despojam-nos de comodidades e de coisas politicamente correctas.
Tiram-nos as máscaras de gravidade de quem já viveu e sabe tudo.
Ensinam-nos a brincar como crianças, sem expectativas nem preocupações.
São a nossa aventura, o nosso céu e os nossos passos firmes na terra.
Que melhor presente para dar ao mundo e a si próprio do que a consciência da sua própria humanidade!
De mãos dadas com as nossas marionetas vamos fazer boa cara aos tempos que aí vêm porque são um excelente pretexto para tirar as marionetas dos baús e fazer um bom espectáculo.
Feliz Dia Mundial da Marioneta!
Inés Pasic